quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cores


Se eu pudesse, mudava a cor do céu, talvez a cor do mar.
Mudava também a cor das lágrimas e da dor.
Cobria ao céu de branco, para podermos ter mais luz, de um branco brilhante que nos reflectisse.
Transformava o cinza das cidades velhas e tão vividas numa cor de criança.
O verde seria a cor do escuro, do medo.
Certamente escolheria uma cor brilhante.
Não mudaria nunca a cor da fome nem da tristeza, para que não pudéssemos mais vê-las, não lhes dava outra cor, simplesmente tirava as que têm.
O amor continuaria a ser o vermelho, assim como a paixão.
Dava o laranja ao sorriso para que fosse visto de bem longe.
Mas porquê? .. Porque a vida, como cada momento, é repleta de cores, de brilhos e de reflexos.
Cada um de nos vê um momento da cor que quer, com o brilho que escolhe e tem o reflexo do que pinta.
Será este o problema do nosso mundo? Viver cada vez menos, vendo cores…

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